sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Vou Confiar - Regis Danese


Vou Confiar

Regis Danese

O vento sopra forte contra mim
As tempestades querem me atingir
O mundo desmorona ao meu redor
As vezes até penso que estou só
Mas paro e logo lembro da vida de Jó
Que mesmo atravessando um momento pior
Passou por tudo isso e não negou sua fé
Isso me dá forças para ficar de Pé
Como Jó confiou, vou crer
E eu vou descansar ,
Vou confiar, o Meu DEUS está comigo
E Ele não me deixará
Vou confiar, Pois bem sei em quem tenho crido
E Ele se levantará em Meu Favor
O vento sopra forte contra mim
As tempestades querem me atingir
O mundo desmorona ao meu redor
As vezes até penso que estou só
Mas paro e logo lembro da vida de Jó
Que mesmo atravessando um momento pior
Passou por tudo isso e não negou sua fé
Isso me dá forças para ficar de Pé
Como Jó confiou, vou crer
E eu vou descansar ,
Vou confiar, o Meu DEUS está comigo
E Ele não me deixará
Vou confiar, Pois bem sei em quem tenho crido
E Ele se levantará em Meu Favor
Como o Jó Confiou, eu confio em Ti !
Pois a Tua Palavra é fiel , não passará
Os meus olhos vão ver o que Tu tens para mim !
Eu creio vou permanecer até o fim !
Vou confiar !!
Vou confiar, o Meu DEUS está comigo
E Ele não me deixará
Vou confiar, Pois bem sei em quem tenho crido
E Ele se levantará em Meu Favor

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Jó confessa a justiça de deus e pede alívio para sua miséria

Livro de Jó
9.1-35
  1. Então Jó respondeu, dizendo:
  2. Na verdade sei que assim é; porque, como se justificaria o homem para com Deus?
  3. Se quiser contender com ele, nem a uma de mil coisas lhe poderá responder.
  4. Ele é sábio de coração, e forte em poder; quem se endureceu contra ele, e teve paz?
  5. Ele é o que remove os montes, sem que o saibam, e o que os transtorna no seu furor.
  6. O que sacode a terra do seu lugar, e as suas colunas estremecem.
  7. O que fala ao sol, e ele não nasce, e sela as estrelas.
  8. O que sozinho estende os céus, e anda sobre os altos do mar.
  9. O que fez a Ursa, o Orion, e o Sete-estrelo, e as recâmaras do sul.
  10. O que faz coisas grandes e inescrutáveis; e maravilhas sem número.
  11. Eis que ele passa por diante de mim, e não o vejo; e torna a passar perante mim, e não o sinto.
  12. Eis que arrebata a presa; quem lha fará restituir? Quem lhe dirá: Que é o que fazes?
  13. Deus não revogará a sua ira; debaixo dele se encurvam os auxiliadores soberbos.
  14. Quanto menos lhe responderia eu, ou escolheria diante dele as minhas palavras!
  15. Porque, ainda que eu fosse justo, não lhe responderia; antes ao meu Juiz pediria misericórdia.
  16. Ainda que chamasse, e ele me respondesse, nem por isso creria que desse ouvidos à minha voz.
  17. Porque me quebranta com uma tempestade, e multiplica as minhas chagas sem causa.
  18. Não me permite respirar, antes me farta de amarguras.
  19. Quanto às forças, eis que ele é o forte; e, quanto ao juízo, quem me citará com ele?
  20. Se eu me justificar, a minha boca me condenará; se for perfeito, então ela me declarará perverso.
  21. Se for perfeito, não estimo a minha alma; desprezo a minha vida.
  22. A coisa é esta; por isso eu digo que ele consome ao perfeito e ao ímpio.
  23. Quando o açoite mata de repente, então ele zomba da prova dos inocentes.
  24. A terra é entregue nas mãos do ímpio; ele cobre o rosto dos juízes; se não é ele, quem é, logo?
  25. E os meus dias são mais velozes do que um correio; fugiram, e não viram o bem.
  26. Passam como navios veleiros; como águia que se lança à comida.
  27. Se eu disser: Eu me esquecerei da minha queixa, e mudarei o meu aspecto e tomarei alento,
  28. Receio todas as minhas dores, porque bem sei que não me terás por inocente.
  29. E, sendo eu ímpio, por que trabalharei em vão?
  30. Ainda que me lave com água de neve, e purifique as minhas mãos com sabão,
  31. Ainda me submergirás no fosso, e as minhas próprias vestes me abominarão.
  32. Porque ele não é homem, como eu, a quem eu responda, vindo juntamente a juízo.
  33. Não há entre nós árbitro que ponha a mão sobre nós ambos.
  34. Tire ele a sua vara de cima de mim, e não me amedronte o seu terror.
  35. Então falarei, e não o temerei; porque não sou assim em mim mesmo.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Bildade refuta as palavras de Jó e justifica Deus

Livro de Jó
8.1-22
  1. Então respondendo Bildade o suíta, disse:
  2. Até quando falarás tais coisas, e as palavras da tua boca serão como um vento impetuoso?
  3. Porventura perverteria Deus o direito? E perverteria o Todo-Poderoso a justiça?
  4. Se teus filhos pecaram contra ele, também ele os lançou na mão da sua transgressão.
  5. Mas, se tu de madrugada buscares a Deus, e ao Todo-Poderoso pedires misericórdia;
  6. Se fores puro e reto, certamente logo despertará por ti, e restaurará a morada da tua justiça.
  7. O teu princípio, na verdade, terá sido pequeno, porém o teu último estado crescerá em extremo.
  8. Pois, eu te peço, pergunta agora às gerações passadas; e prepara-te para a inquirição de seus pais.
  9. Porque nós somos de ontem, e nada sabemos; porquanto nossos dias sobre a terra são como a sombra.
  10. Porventura não te ensinarão eles, e não te falarão, e do seu coração não tirarão palavras?
  11. Porventura cresce o junco sem lodo? Ou cresce a espadana sem água?
  12. Estando ainda no seu verdor, ainda que não cortada, todavia antes de qualquer outra erva se seca.
  13. Assim são as veredas de todos quantos se esquecem de Deus; e a esperança do hipócrita perecerá.
  14. Cuja esperança fica frustrada; e a sua confiança será como a teia de aranha.
  15. Encostar-se-á à sua casa, mas ela não subsistirá; apegar-se-á a ela, mas não ficará em pé.
  16. Ele é viçoso perante o sol, e os seus renovos saem sobre o seu jardim;
  17. As suas raízes se entrelaçam, junto à fonte; para o pedregal atenta.
  18. Se Deus o consumir do seu lugar, negá-lo-á este, dizendo: Nunca te vi!
  19. Eis que este é a alegria do seu caminho, e outros brotarão do pó.
  20. Eis que Deus não rejeitará ao reto; nem toma pela mão aos malfeitores;
  21. Até que de riso te encha a boca, e os teus lábios de júbilo.
  22. Os que te odeiam se vestirão de confusão, e a tenda dos ímpios não existirá mais.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Jó 7.1-21

Livro de Jó
7.1-21
  1. Porventura não tem o homem guerra sobre a terra? E não são os seus dias como os dias do jornaleiro?
  2. Como o servo que suspira pela sombra, e como o jornaleiro que espera pela sua paga,
  3. Assim me deram por herança meses de vaidade; e noites de trabalho me prepararam.
  4. Deitando-me a dormir, então digo: Quando me levantarei? Mas comprida é a noite, e farto-me de me revolver na cama até à alva.
  5. A minha carne se tem vestido de vermes e de torrões de pó; a minha pele está gretada, e se fez abominável.
  6. Os meus dias são mais velozes do que a lançadeira do tecelão, e acabam-se, sem esperança.
  7. Lembra-te de que a minha vida é como o vento; os meus olhos não tornarão a ver o bem.
  8. Os olhos dos que agora me vêem não me verão mais; os teus olhos estarão sobre mim, porém não serei mais.
  9. Assim como a nuvem se desfaz e passa, assim aquele que desce à sepultura nunca tornará a subir.
  10. Nunca mais tornará à sua casa, nem o seu lugar jamais o conhecerá.
  11. Por isso não reprimirei a minha boca; falarei na angústia do meu espírito; queixar-me-ei na amargura da minha alma.
  12. Sou eu porventura o mar, ou a baleia, para que me ponhas uma guarda?
  13. Dizendo eu: Consolar-me-á a minha cama; meu leito aliviará a minha ânsia;
  14. Então me espantas com sonhos, e com visões me assombras;
  15. Assim a minha alma escolheria antes a estrangulação; e antes a morte do que a vida.
  16. A minha vida abomino, pois não viveria para sempre; retira-te de mim; pois vaidade são os meus dias.
  17. Que é o homem, para que tanto o engrandeças, e ponhas nele o teu coração,
  18. E cada manhã o visites, e cada momento o proves?
  19. Até quando não apartarás de mim, nem me largarás, até que engula a minha saliva?
  20. Se pequei, que te farei, ó Guarda dos homens? Por que fizeste de mim um alvo para ti, para que a mim mesmo me seja pesado?
  21. E por que não perdoas a minha transgressão, e não tiras a minha iniquidade? Porque agora me deitarei no pó, e de madrugada me buscarás, e não existirei mais.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Jó justifica as suas quixas

Livro de Jó
6.1-30
  1. Então Jó respondeu, dizendo:
  2. Oh! se a minha mágoa retamente se pesasse, e a minha miséria juntamente se pusesse numa balança!
  3. Porque, na verdade, mais pesada seria, do que a areia dos mares; por isso é que as minhas palavras têm sido engolidas.
  4. Porque as flechas do Todo-Poderoso estão em mim, cujo ardente veneno suga o meu espírito; os terrores de Deus se armam contra mim.
  5. Porventura zurrará o jumento montês junto à relva? Ou mugirá o boi junto ao seu pasto?
  6. Ou comer-se-á sem sal o que é insípido? Ou haverá gosto na clara do ovo?
  7. A minha alma recusa tocá-las, pois são para mim como comida repugnante.
  8. Quem dera que se cumprisse o meu desejo, e que Deus me desse o que espero!
  9. E que Deus quisesse quebrantar-me, e soltasse a sua mão, e me acabasse!
  10. Isto ainda seria a minha consolação, e me refrigeraria no meu tormento, não me poupando ele; porque não ocultei as palavras do Santo.
  11. Qual é a minha força, para que eu espere? Ou qual é o meu fim, para que tenha ainda paciência?
  12. E porventura a minha força a força da pedra? Ou é de cobre a minha carne?
  13. Está em mim a minha ajuda? Ou desamparou-me a verdadeira sabedoria?
  14. Ao que está aflito devia o amigo mostrar compaixão, ainda ao que deixasse o temor do Todo-Poderoso.
  15. Meus irmãos aleivosamente me trataram, como um ribeiro, como a torrente dos ribeiros que passam,
  16. Que estão encobertos com a geada, e neles se esconde a neve,
  17. No tempo em que se derretem com o calor, se desfazem, e em se aquentando, desaparecem do seu lugar.
  18. Desviam-se as veredas dos seus caminhos; sobem ao vácuo, e perecem.
  19. Os caminhantes de Tema os vêem; os passageiros de Sabá esperam por eles.
  20. Ficam envergonhados, por terem confiado e, chegando ali, se confundem.
  21. Agora sois semelhantes a eles; vistes o terror, e temestes.
  22. Acaso disse eu: Dai-me ou oferecei-me presentes de vossos bens?
  23. Ou livrai-me das mãos do opressor? Ou redimi-me das mãos dos tiranos?
  24. Ensinai-me, e eu me calarei; e fazei-me entender em que errei.
  25. Oh! quão fortes são as palavras da boa razão! Mas que é o que censura a vossa arguição?
  26. Porventura buscareis palavras para me repreenderdes, visto que as razões do desesperado são como vento?
  27. Mas antes lançais sortes sobre o órfão; e cavais uma cova para o amigo.
  28. Agora, pois, se sois servidos, olhai para mim; e vede se minto em vossa presença.
  29. Voltai, pois, não haja iniquidade; tornai-vos, digo, que ainda a minha justiça aparecerá nisso.
  30. Há porventura iniquidade na minha língua? Ou não poderia o meu paladar distinguir coisas iníquas?

domingo, 25 de novembro de 2012

Elifaz exorta a Jó que busque a Deus

Livro de Jó
5.1-27
  1. Chama agora; há alguém que te responda? E para qual dos santos te virarás?
  2. Porque a ira destrói o louco; e o zelo mata o tolo.
  3. Bem vi eu o louco lançar raízes; porém logo amaldiçoei a sua habitação.
  4. Seus filhos estão longe da salvação; e são despedaçados às portas, e não há quem os livre.
  5. A sua messe, o faminto a devora, e até dentre os espinhos a tira; e o salteador traga a sua fazenda.
  6. Porque do pó não procede a aflição, nem da terra brota o trabalho.
  7. Mas o homem nasce para a tribulação, como as faíscas se levantam para voar.
  8. Porém eu buscaria a Deus; e a ele entregaria a minha causa.
  9. Ele faz coisas grandes e inescrutáveis, e maravilhas sem número.
  10. Ele dá a chuva sobre a terra, e envia águas sobre os campos.
  11. Para pôr aos abatidos num lugar alto; e para que os enlutados se exaltem na salvação.
  12. Ele aniquila as imaginações dos astutos, para que as suas mãos não possam levar coisa alguma a efeito.
  13. Ele apanha os sábios na sua própria astúcia; e o conselho dos perversos se precipita.
  14. Eles de dia encontram as trevas; e ao meio dia andam às apalpadelas como de noite.
  15. Porém ao necessitado livra da espada, e da boca deles, e da mão do forte.
  16. Assim há esperança para o pobre; e a iniquidade tapa a sua boca.
  17. Eis que bem-aventurado é o homem a quem Deus repreende; não desprezes, pois, a correção do Todo-Poderoso.
  18. Porque ele faz a chaga, e ele mesmo a liga; ele fere, e as suas mãos curam.
  19. Em seis angústias te livrará; e na sétima o mal não te tocará.
  20. Na fome te livrará da morte; e na guerra, da violência da espada.
  21. Do açoite da língua estarás encoberto; e não temerás a assolação, quando vier.
  22. Da assolação e da fome te rirás, e os animais da terra não temerás.
  23. Porque até com as pedras do campo terás o teu acordo, e as feras do campo serão pacíficas contigo.
  24. E saberás que a tua tenda está em paz; e visitarás a tua habitação, e não pecarás.
  25. Também saberás que se multiplicará a tua descendência e a tua posteridade como a erva da terra,
  26. Na velhice irás à sepultura, como se recolhe o feixe de trigo a seu tempo.
  27. Eis que isto já o havemos inquirido, e assim é; ouve-o, e medita nisso para teu bem.

sábado, 24 de novembro de 2012

Elifaz repreende Jó

Livro de Jó
4.1-21
  1. Então respondeu Elifaz o temanita, e disse:
  2. Se intentarmos falar-te, enfadar-te-ás? Mas quem poderia conter as palavras?
  3. Eis que ensinaste a muitos, e tens fortalecido as mãos fracas.
  4. As tuas palavras firmaram os que tropeçavam e os joelhos desfalecentes tens fortalecido.
  5. Mas agora, que se trata de ti, te enfadas; e tocando-te a ti, te perturbas.
  6. Porventura não é o teu temor de Deus a tua confiança, e a tua esperança a integridade dos teus caminhos?
  7. Lembra-te agora qual é o inocente que jamais pereceu? E onde foram os sinceros destruídos?
  8. Segundo eu tenho visto, os que lavram iniqüidade, e semeiam mal, segam o mesmo.
  9. Com o hálito de Deus perecem; e com o sopro da sua ira se consomem.
  10. O rugido do leão, e a voz do leão feroz, e os dentes dos leõezinhos se quebram.
  11. Perece o leão velho, porque não tem presa; e os filhos da leoa andam dispersos.
  12. Uma coisa me foi trazida em segredo; e os meus ouvidos perceberam um sussurro dela.
  13. Entre pensamentos vindos de visões da noite, quando cai sobre os homens o sono profundo,
  14. Sobrevieram-me o espanto e o tremor, e todos os meus ossos estremeceram.
  15. Então um espírito passou por diante de mim; fez-me arrepiar os cabelos da minha carne.
  16. Parou ele, porém não conheci a sua feição; um vulto estava diante dos meus olhos; houve silêncio, e ouvi uma voz que dizia:
  17. Seria porventura o homem mais justo do que Deus? Seria porventura o homem mais puro do que o seu Criador?
  18. Eis que ele não confia nos seus servos e aos seus anjos atribui loucura;
  19. Quanto menos àqueles que habitam em casas de lodo, cujo fundamento está no pó, e são esmagados como a traça!
  20. Desde a manhã até à tarde são despedaçados; e eternamente perecem sem que disso se faça caso.
  21. Porventura não passa com eles a sua excelência? Morrem, mas sem sabedoria.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Jó amaldiçoa seu nascimento e lamenta a sua miséria

Livro de Jó
3.1-26
  1. Depois disto abriu Jó a sua boca, e amaldiçoou o seu dia.
  2. E Jó, falando, disse:
  3. Pereça o dia em que nasci, e a noite em que se disse: Foi concebido um homem!
  4. Converta-se aquele dia em trevas; e Deus, lá de cima, não tenha cuidado dele, nem resplandeça sobre ele a luz.
  5. Contaminem-no as trevas e a sombra da morte; habitem sobre ele nuvens; a escuridão do dia o espante!
  6. Quanto àquela noite, dela se apodere a escuridão; e não se regozije ela entre os dias do ano; e não entre no número dos meses!
  7. Ah! que solitária seja aquela noite, e nela não entre voz de júbilo!
  8. Amaldiçoem-na aqueles que amaldiçoam o dia, que estão prontos para suscitar o seu pranto.
  9. Escureçam-se as estrelas do seu crepúsculo; que espere a luz, e não venha; e não veja as pálpebras da alva;
  10. Porque não fechou as portas do ventre; nem escondeu dos meus olhos a canseira.
  11. Por que não morri eu desde a madre? E em saindo do ventre, não expirei?
  12. Por que me receberam os joelhos? E por que os peitos, para que mamasse?
  13. Porque já agora jazeria e repousaria; dormiria, e então haveria repouso para mim.
  14. Com os reis e conselheiros da terra, que para si edificam casas nos lugares assolados,
  15. Ou com os príncipes que possuem ouro, que enchem as suas casas de prata,
  16. Ou como aborto oculto, não existiria; como as crianças que não viram a luz.
  17. Ali os maus cessam de perturbar; e ali repousam os cansados.
  18. Ali os presos juntamente repousam, e não ouvem a voz do exator.
  19. Ali está o pequeno e o grande, e o servo livre de seu senhor.
  20. Por que se dá luz ao miserável, e vida aos amargurados de ânimo?
  21. Que esperam a morte, e ela não vem; e cavam em procura dela mais do que de tesouros ocultos;
  22. Que de alegria saltam, e exultam, achando a sepultura?
  23. Por que se dá luz ao homem, cujo caminho é oculto, e a quem Deus o encobriu?
  24. Porque antes do meu pão vem o meu suspiro; e os meus gemidos se derramam como água.
  25. Porque aquilo que temia me sobreveio; e o que receava me aconteceu.
  26. Nunca estive tranqüilo, nem sosseguei, nem repousei, mas veio sobre mim a perturbação.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

A adversidade e a cruel aflição de Jó

Livro de Jó
2.1-13
  1. E, vindo outro dia, em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o SENHOR, veio também Satanás entre eles, apresentar-se perante o SENHOR.
  2. Então o SENHOR disse a Satanás: Donde vens? E respondeu Satanás ao SENHOR, e disse: De rodear a terra, e passear por ela.
  3. E disse o SENHOR a Satanás: Observaste o meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desvia do mal, e que ainda retém a sua sinceridade, havendo-me tu incitado contra ele, para o consumir sem causa.
  4. Então Satanás respondeu ao SENHOR, e disse: Pele por pele, e tudo quanto o homem tem dará pela sua vida.
  5. Porém estende a tua mão, e toca-lhe nos ossos, e na carne, e verás se não blasfema contra ti na tua face!
  6. E disse o SENHOR a Satanás: Eis que ele está na tua mão; porém guarda a sua vida.
  7. Então saiu Satanás da presença do SENHOR, e feriu a Jó de úlceras malignas, desde a planta do pé até ao alto da cabeça.
  8. E Jó tomou um caco para se raspar com ele; e estava assentado no meio da cinza.
  9. Então sua mulher lhe disse: Ainda reténs a tua sinceridade? Amaldiçoa a Deus, e morre.
  10. Porém ele lhe disse: Como fala qualquer doida, falas tu; receberemos o bem de Deus, e não receberíamos o mal? Em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios.
  11. Ouvindo, pois, três amigos de Jó todo este mal que tinha vindo sobre ele, vieram cada um do seu lugar: Elifaz o temanita, e Bildade o suíta, e Zofar o naamatita; e combinaram condoer-se dele, para o consolarem.
  12. E, levantando de longe os seus olhos, não o conheceram; e levantaram a sua voz e choraram, e rasgaram cada um o seu manto, e sobre as suas cabeças lançaram pó ao ar.
  13. E assentaram-se com ele na terra, sete dias e sete noites; e nenhum lhe dizia palavra alguma, porque viam que a dor era muito grande.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

A virtude, a tentação e as perdas de Jó

Livro de Jó
1.1-22
  1. Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; e era este homem íntegro, reto e temente a Deus e desviava-se do mal.
  2. E nasceram-lhe sete filhos e três filhas.
  3. E o seu gado era de sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de bois e quinhentas jumentas; eram também muitíssimos os servos a seu serviço, de maneira que este homem era maior do que todos os do oriente.
  4. E iam seus filhos à casa uns dos outros e faziam banquetes cada um por sua vez; e mandavam convidar as suas três irmãs a comerem e beberem com eles.
  5. Sucedia, pois, que, decorrido o turno de dias de seus banquetes, enviava Jó, e os santificava, e se levantava de madrugada, e oferecia holocaustos segundo o número de todos eles; porque dizia Jó: Talvez pecaram meus filhos, e amaldiçoaram a Deus no seu coração. Assim fazia Jó continuamente.
  6. E num dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o SENHOR, veio também Satanás entre eles.
  7. Então o SENHOR disse a Satanás: Donde vens? E Satanás respondeu ao SENHOR, e disse: De rodear a terra, e passear por ela.
  8. E disse o SENHOR a Satanás: Observaste tu a meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus, e que se desvia do mal.
  9. Então respondeu Satanás ao SENHOR, e disse: Porventura teme Jó a Deus debalde?
  10. Porventura tu não cercaste de sebe, a ele, e a sua casa, e a tudo quanto tem? A obra de suas mãos abençoaste e o seu gado se tem aumentado na terra.
  11. Mas estende a tua mão, e toca-lhe em tudo quanto tem, e verás se não blasfema contra ti na tua face.
  12. E disse o SENHOR a Satanás: Eis que tudo quanto ele tem está na tua mão; somente contra ele não estendas a tua mão. E Satanás saiu da presença do SENHOR.
  13. E sucedeu um dia, em que seus filhos e suas filhas comiam, e bebiam vinho, na casa de seu irmão primogênito,
  14. Que veio um mensageiro a Jó, e lhe disse: Os bois lavravam, e as jumentas pastavam junto a eles;
  15. E deram sobre eles os sabeus, e os tomaram, e aos servos feriram ao fio da espada; e só eu escapei para trazer-te a nova.
  16. Estando este ainda falando, veio outro e disse: Fogo de Deus caiu do céu, e queimou as ovelhas e os servos, e os consumiu, e só eu escapei para trazer-te a nova.
  17. Estando ainda este falando, veio outro, e disse: Ordenando os caldeus três tropas, deram sobre os camelos, e os tomaram, e aos servos feriram ao fio da espada; e só eu escapei para trazer-te a nova.
  18. Estando ainda este falando, veio outro, e disse: Estando teus filhos e tuas filhas comendo e bebendo vinho, em casa de seu irmão primogênito,
  19. Eis que um grande vento sobreveio dalém do deserto, e deu nos quatro cantos da casa, que caiu sobre os jovens, e morreram; e só eu escapei para trazer-te a nova.
  20. Então Jó se levantou, e rasgou o seu manto, e rapou a sua cabeça, e se lançou em terra, e adorou.
  21. E disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o SENHOR o deu, e o SENHOR o tomou: bendito seja o nome do SENHOR.
  22. Em tudo isto Jó não pecou, nem atribuiu a Deus falta alguma.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Profecia contra Damasco e Efraim

Livro de Isaías
17.1-11
  1. Peso de Damasco. Eis que Damasco será tirada, e já não será cidade, antes será um montão de ruínas.
  2. As cidades de Aroer serão abandonadas; hão de ser para os rebanhos que se deitarão sem que alguém os espante.
  3. E a fortaleza de Efraim cessará, como também o reino de Damasco e o restante da Síria; serão como a glória dos filhos de Israel, diz o SENHOR dos Exércitos.
  4. E naquele dia será diminuída a glória de Jacó, e a gordura da sua carne ficará emagrecida.
  5. Porque será como o segador que colhe a cana do trigo e com o seu braço sega as espigas; e será também como o que colhe espigas no vale de Refaim.
  6. Porém ainda ficarão nele alguns rabiscos, como no sacudir da oliveira: duas ou três azeitonas na mais alta ponta dos ramos, e quatro ou cinco nos seus ramos mais frutíferos, diz o SENHOR Deus de Israel.
  7. Naquele dia atentará o homem para o seu Criador, e os seus olhos olharão para o Santo de Israel.
  8. E não atentará para os altares, obra das suas mãos, nem olhará para o que fizeram seus dedos, nem para os bosques, nem para as imagens.
  9. Naquele dia as suas cidades fortificadas serão como lugares abandonados, no bosque ou sobre o cume das montanhas, os quais foram abandonados ante os filhos de Israel; e haverá assolação.
  10. Porque te esqueceste do Deus da tua salvação, e não te lembraste da rocha da tua fortaleza, portanto farás plantações formosas, e assentarás nelas sarmentos estranhos.
  11. E no dia em que as plantares as farás crescer, e pela manhã farás que a tua semente brote; mas a colheita voará no dia da angústia e das dores insofríveis.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Predição da ruína de Moabe

Livro de Isaías 
15.1-9
  1. Peso de Moabe. Certamente numa noite foi destruída Ar de Moabe, e foi desfeita; certamente numa noite foi destruída Quir de Moabe e foi desfeita.
  2. Vai subindo a Bajite, e a Dibom, aos lugares altos, para chorar; por Nebo e por Medeba clamará Moabe; todas as cabeças ficarão calvas, e toda a barba será rapada.
  3. Cingiram-se de sacos nas suas ruas; nos seus terraços e nas suas praças todos andam gritando, e choram abundantemente.
  4. Assim Hesbom como Eleale, andam gritando; até Jaaz se ouve a sua voz; por isso os armados de Moabe clamam; a sua alma lhes será penosa.
  5. O meu coração clama por causa de Moabe; os seus fugitivos foram até Zoar, como uma novilha de três anos; porque vão chorando pela subida de Luíte, porque no caminho de Horonaim levantam um lastimoso pranto.
  6. Porque as águas de Ninrim serão pura assolação; porque já secou o feno, acabou a erva, e não há verdura alguma.
  7. Por isso a abundância que ajuntaram, e o que guardaram, ao ribeiro dos salgueiros o levarão.
  8. Porque o pranto rodeará aos limites de Moabe; até Eglaim chegará o seu clamor, e ainda até Beer-Elim chegará o seu lamento.
  9. Porquanto as águas de Dimom estão cheias de sangue, porque ainda acrescentarei mais a Dimom; leões contra aqueles que escaparem de Moabe e contra o restante da terra.

domingo, 18 de novembro de 2012

Profecia contra os filisteus

Livro de Isaías
14.28-32
  1. No ano em que morreu o rei Acaz, foi dada esta sentença.
  2. Não te alegres, tu, toda a Filístia, por estar quebrada a vara que te feria; porque da raiz da cobra sairá um basilisco, e o seu fruto será uma serpente ardente, voadora.
  3. E os primogênitos dos pobres serão apascentados, e os necessitados se deitarão seguros; porém farei morrer de fome a tua raiz, e ele matará os teus sobreviventes.
  4. Dá uivos, ó porta, grita, ó cidade; tu, ó Filístia, estás toda derretida; porque do norte vem uma fumaça, e não haverá quem fique sozinho nas suas convocações.
  5. Que se responderá, pois, aos mensageiros da nação? Que o SENHOR fundou a Sião, para que os opressos do seu povo nela encontrem refúgio.

sábado, 17 de novembro de 2012

Profecia contra os assírios

Livro de Isaías
14.24-27
  1. O SENHOR dos Exércitos jurou, dizendo: Como pensei, assim sucederá, e como determinei, assim se efetuará.
  2. Quebrantarei a Assíria na minha terra, e nas minhas montanhas a pisarei, para que o seu jugo se aparte deles e a sua carga se desvie dos seus ombros.
  3. Este é o propósito que foi determinado sobre toda a terra; e esta é a mão que está estendida sobre todas as nações.
  4. Porque o SENHOR dos Exércitos o determinou; quem o invalidará? E a sua mão está estendida; quem pois a fará voltar atrás?

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Isaías 14.1-23

Livro de Isaías
14.1-23
  1. Porque o SENHOR se compadecerá de Jacó, e ainda escolherá a Israel e os porá na sua própria terra; e ajuntar-se-ão com eles os estrangeiros, e se achegarão à casa de Jacó.
  2. E os povos os receberão, e os levarão aos seus lugares, e a casa de Israel os possuirá por servos, e por servas, na terra do SENHOR; e cativarão aqueles que os cativaram, e dominarão sobre os seus opressores.
  3. E acontecerá que no dia em que o SENHOR vier a dar-te descanso do teu sofrimento, e do teu pavor, e da dura servidão com que te fizeram servir,
  4. Então proferirás este provérbio contra o rei de babilônia, e dirás: Como já cessou o opressor, como já cessou a cidade dourada!
  5. Já quebrantou o SENHOR o bastão dos ímpios e o cetro dos dominadores.
  6. Aquele que feria aos povos com furor, com golpes incessantes, e que com ira dominava sobre as nações agora é perseguido, sem que alguém o possa impedir.
  7. Já descansa, já está sossegada toda a terra; rompem cantando.
  8. Até as faias se alegram sobre ti, e os cedros do Líbano, dizendo: Desde que tu caíste ninguém sobe contra nós para nos cortar.
  9. O inferno desde o profundo se turbou por ti, para te sair ao encontro na tua vinda; despertou por ti os mortos, e todos os chefes da terra, e fez levantar dos seus tronos a todos os reis das nações.
  10. Estes todos responderão, e te dirão: Tu também adoeceste como nós, e foste semelhante a nós.
  11. Já foi derrubada na sepultura a tua soberba com o som das tuas violas; os vermes debaixo de ti se estenderão, e os bichos te cobrirão.
  12. Como caíste desde o céu, ó estrela da manhã, filha da alva! Como foste cortado por terra, tu que debilitavas as nações!
  13. E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, aos lados do norte.
  14. Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo.
  15. E contudo levado serás ao inferno, ao mais profundo do abismo.
  16. Os que te virem te contemplarão, considerar-te-ão, e dirão: É este o homem que fazia estremecer a terra e que fazia tremer os reinos?
  17. Que punha o mundo como o deserto, e assolava as suas cidades? Que não abria a casa de seus cativos?
  18. Todos os reis das nações, todos eles, jazem com honra, cada um na sua morada.
  19. Porém tu és lançado da tua sepultura, como um renovo abominável, como as vestes dos que foram mortos atravessados à espada, como os que descem ao covil de pedras, como um cadáver pisado.
  20. Com eles não te reunirás na sepultura; porque destruíste a tua terra e mataste o teu povo; a descendência dos malignos não será jamais nomeada.
  21. Preparai a matança para os seus filhos por causa da maldade de seus pais, para que não se levantem, e nem possuam a terra, e encham a face do mundo de cidades.
  22. Porque me levantarei contra eles, diz o SENHOR dos Exércitos, e extirparei de babilônia o nome, e os sobreviventes, o filho e o neto, diz o SENHOR.
  23. E farei dela uma possessão de ouriços e a lagoas de águas; e varrê-la-ei com vassoura de perdição, diz o SENHOR dos Exércitos.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

A glória futura do verdadeiro Israel. Juízos preparatórios. O dia do SENHOR. A purificação de Jerusalém

Livro de Isaías
2.1-22
  1. Palavra que viu Isaías, filho de Amós, a respeito de Judá e de Jerusalém.
  2. E acontecerá nos últimos dias que se firmará o monte da casa do SENHOR no cume dos montes, e se elevará por cima dos outeiros; e concorrerão a ele todas as nações.
  3. E irão muitos povos, e dirão: Vinde, subamos ao monte do SENHOR, à casa do Deus de Jacó, para que nos ensine os seus caminhos, e andemos nas suas veredas; porque de Sião sairá a lei, e de Jerusalém a palavra do SENHOR.
  4. E ele julgará entre as nações, e repreenderá a muitos povos; e estes converterão as suas espadas em enxadões e as suas lanças em foices; uma nação não levantará espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerrear.
  5. Vinde, ó casa de Jacó, e andemos na luz do SENHOR.
  6. Mas tu desamparaste o teu povo, a casa de Jacó, porque se encheram dos costumes do oriente e são agoureiros como os filisteus; e associam-se com os filhos dos estrangeiros,
  7. E a sua terra está cheia de prata e ouro, e não têm fim os seus tesouros; também a sua terra está cheia de cavalos, e os seus carros não têm fim.
  8. Também a sua terra está cheia de ídolos; inclinam-se perante a obra das suas mãos, diante daquilo que fabricaram os seus dedos.
  9. E o povo se abate, e os nobres se humilham; portanto não lhes perdoarás.
  10. Entra nas rochas, e esconde-te no pó, do terror do SENHOR e da glória da sua majestade.
  11. Os olhos altivos dos homens serão abatidos, e a sua altivez será humilhada; e só o SENHOR será exaltado naquele dia.
  12. Porque o dia do SENHOR dos Exércitos será contra todo o soberbo e altivo, e contra todo o que se exalta, para que seja abatido;
  13. E contra todos os cedros do Líbano, altos e sublimes; e contra todos os carvalhos de Basã;
  14. E contra todos os montes altos, e contra todos os outeiros elevados;
  15. E contra toda a torre alta, e contra todo o muro fortificado;
  16. E contra todos os navios de Társis, e contra todas as pinturas desejáveis.
  17. E a arrogância do homem será humilhada, e a sua altivez se abaterá, e só o SENHOR será exaltado naquele dia.
  18. E todos os ídolos desaparecerão totalmente.
  19. Então os homens entrarão nas cavernas das rochas, e nas covas da terra, do terror do SENHOR, e da glória da sua majestade, quando ele se levantar para assombrar a terra.
  20. Naquele dia o homem lançará às toupeiras e aos morcegos os seus ídolos de prata, e os seus ídolos de ouro, que fizeram para diante deles se prostrarem.
  21. E entrarão nas fendas das rochas, e nas cavernas das penhas, por causa do terror do SENHOR, e da glória da sua majestade, quando ele se levantar para abalar terrivelmente a terra.
  22. Deixai-vos do homem cujo fôlego está nas suas narinas; pois em que se deve ele estimar?

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

A parábola dos trabalhadores na vinha

Evangelho de Mateus
20.1-16
  1. Porque o reino dos céus é semelhante a um homem, pai de família, que saiu de madrugada a assalariar trabalhadores para a sua vinha.
  2. E, ajustando com os trabalhadores a um dinheiro por dia, mandou-os para a sua vinha.
  3. E, saindo perto da hora terceira, viu outros que estavam ociosos na praça,
  4. E disse-lhes: Ide vós também para a vinha, e dar-vos-ei o que for justo. E eles foram.
  5. Saindo outra vez, perto da hora sexta e nona, fez o mesmo.
  6. E, saindo perto da hora undécima, encontrou outros que estavam ociosos, e perguntou-lhes: Por que estais ociosos todo o dia?
  7. Disseram-lhe eles: Porque ninguém nos assalariou. Diz-lhes ele: Ide vós também para a vinha, e recebereis o que for justo.
  8. E, aproximando-se a noite, diz o senhor da vinha ao seu mordomo: Chama os trabalhadores, e paga-lhes o jornal, começando pelos derradeiros, até aos primeiros.
  9. E, chegando os que tinham ido perto da hora undécima, receberam um dinheiro cada um.
  10. Vindo, porém, os primeiros, cuidaram que haviam de receber mais; mas do mesmo modo receberam um dinheiro cada um.
  11. E, recebendo-o, murmuravam contra o pai de família,
  12. Dizendo: Estes derradeiros trabalharam só uma hora, e tu os igualaste conosco, que suportamos a fadiga e a calma do dia.
  13. Mas ele, respondendo, disse a um deles: Amigo, não te faço agravo; não ajustaste tu comigo um dinheiro?
  14. Toma o que é teu, e retira-te; eu quero dar a este derradeiro tanto como a ti.
  15. Ou não me é lícito fazer o que quiser do que é meu? Ou é mau o teu olho porque eu sou bom?
  16. Assim os derradeiros serão primeiros, e os primeiros derradeiros; porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Jó acusa a seus amigos de falta de compaixão e misericórdia

Livro de Jó
16.1-22
  1. Então respondeu Jó, dizendo:
  2. Tenho ouvido muitas coisas como estas; todos vós sois consoladores molestos.
  3. Porventura não terão fim essas palavras de vento? Ou o que te irrita, para assim responderes?
  4. Falaria eu também como vós falais, se a vossa alma estivesse em lugar da minha alma, ou amontoaria palavras contra vós, e menearia contra vós a minha cabeça?
  5. Antes vos fortaleceria com a minha boca, e a consolação dos meus lábios abrandaria a vossa dor.
  6. Se eu falar, a minha dor não cessa, e, calando-me eu, qual é o meu alívio?
  7. Na verdade, agora tu me tens fatigado; tu assolaste toda a minha companhia,
  8. Testemunha disto é que já me fizeste enrugado, e a minha magreza já se levanta contra mim, e no meu rosto testifica contra mim.
  9. Na sua ira me despedaçou, e ele me perseguiu; rangeu os seus dentes contra mim; aguça o meu adversário os seus olhos contra mim.
  10. Abrem a sua boca contra mim; com desprezo me feriram nos queixos, e contra mim se ajuntam todos.
  11. Entrega-me Deus ao perverso, e nas mãos dos ímpios me faz cair.
  12. Descansado estava eu, porém ele me quebrantou; e pegou-me pela cerviz, e me despedaçou; também me pôs por seu alvo.
  13. Cercam-me os seus flecheiros; atravessa-me os rins, e não me poupa, e o meu fel derrama sobre a terra,
  14. Fere-me com ferimento sobre ferimento; arremete contra mim como um valente.
  15. Cosi sobre a minha pele o cilício, e revolvi a minha cabeça no pó.
  16. O meu rosto está todo avermelhado de chorar, e sobre as minhas pálpebras está a sombra da morte:
  17. Apesar de não haver violência nas minhas mãos, e de ser pura a minha oração.
  18. Ah! terra, não cubras o meu sangue e não haja lugar para ocultar o meu clamor!
  19. Eis que também agora a minha testemunha está no céu, e nas alturas o meu testemunho está.
  20. Os meus amigos são os que zombam de mim; os meus olhos se desfazem em lágrimas diante de Deus.
  21. Ah! se alguém pudesse contender com Deus pelo homem, como o homem pelo seu próximo!
  22. Porque decorridos poucos anos, eu seguirei o caminho por onde não tornarei.